Pejotização pode deixar o PIB 30% mais baixo; ministro diz que prática gerou prejuízo de R$ 106 bilhões em três anos

Segundo o ministro Luiz Marinho, a pejotização gerou prejuízo de R$ 106 bilhões em três anos e pode reduzir o PIB brasileiro em até 30%. Governo estuda medidas para conter a prática.

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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira (9) que a pejotização — prática em que empresas contratam trabalhadores como pessoas jurídicas para reduzir encargos — representa um dos maiores desafios para a economia brasileira. Segundo o ministro, o fenômeno reduz a arrecadação, enfraquece a previdência e compromete o crescimento do PIB, que poderia ser até 30% maior caso o mercado de trabalho formal fosse fortalecido.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, o Brasil acumulou um prejuízo estimado em R$ 106 bilhões nos últimos três anos com perdas de contribuições previdenciárias, impostos e direitos trabalhistas.

“É um modelo que precariza as relações de trabalho e gera um rombo estrutural nas contas públicas”, afirmou Marinho.

O ministro também destacou que o governo estuda medidas para coibir fraudes trabalhistas e incentivar a formalização, especialmente em setores como tecnologia, comunicação e serviços, onde o número de profissionais pejotizados cresceu de forma acelerada desde a pandemia.

Economistas apontam que a pejotização, embora reduza custos imediatos para empresas, tem impacto negativo no consumo interno, na arrecadação e no financiamento da seguridade social. O fenômeno afeta diretamente a competitividade, uma vez que enfraquece a base de contribuições e amplia desigualdades salariais.

Para especialistas em direito do trabalho, a solução passa por reformas estruturais que simplifiquem a tributação e tornem a formalização mais atraente, equilibrando os custos entre empresas e trabalhadores.