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JORNAL RESENHA DIÁRIA

Ciro Nogueira aponta Eduardo Bolsonaro como entrave à estratégia da direita para 2026

  • Foto do escritor: Editorial Resenha Diária
    Editorial Resenha Diária
  • 14 de out.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de out.

Ciro Nogueira
Ciro Nogueira afirma que Eduardo Bolsonaro atrapalha a coordenação da direita rumo a 2026 e defende uma estratégia mais pragmática, com menos ruídos e foco em alianças.
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O senador Ciro Nogueira (PP do Piauí) afirmou que declarações e movimentos políticos de Eduardo Bolsonaro (PL de São Paulo) têm atrapalhado a construção de uma estratégia unificada da direita para as eleições de 2026. Segundo Nogueira, a insistência em pautas que reacendem a polarização do período pós-2022 e o foco em embates internos tiram fôlego do planejamento eleitoral de médio prazo, especialmente nas articulações por alianças estaduais e na formação de uma narrativa mais ampla para reconquistar o eleitor de centro.


Nos bastidores, líderes de partidos do campo conservador avaliam que a direita precisa reduzir ruídos públicos, reorganizar prioridades e calibrar o discurso para além da militância mais engajada. A leitura é que 2026 exigirá uma agenda econômica e institucional com apelo moderado, capaz de dialogar com prefeitos, governadores e segmentos empresariais. Nesse contexto, declarações inflamadas e disputas por protagonismo dentro do campo bolsonarista seriam contraproducentes.


Ciro Nogueira vem defendendo uma recomposição pragmática entre PP, Republicanos e PL, com foco em governadores competitivos e em uma bancada federal coesa. Ele avalia que a disputa presidencial, ainda sem nomes oficializados, deve ser precedida por um pacto mínimo em torno de temas como responsabilidade fiscal, previsibilidade regulatória, segurança pública e uma pauta social de resultados mensuráveis, a fim de reduzir a rejeição acumulada em setores urbanos e no eleitorado feminino.


Eduardo Bolsonaro, por sua vez, mantém forte influência sobre a base digital do bolsonarismo e costuma pautar debates nas redes com posicionamentos firmes sobre cultura, costumes e imprensa. Aliados reconhecem que essa mobilização é um ativo para manter engajamento, mas ponderam que ela precisa ser combinada com sinais de conciliação e diálogo institucional, sobretudo na relação com o Congresso e com governadores que podem ser decisivos em 2026.


Interlocutores próximos a Nogueira afirmam que o objetivo não é afastar Eduardo do debate, mas reorganizar o tabuleiro para minimizar atritos e maximizar convergências. Entre as prioridades, estão a definição de critérios objetivos para alianças estaduais, a busca por nomes competitivos nas capitais em 2024–2026 e a construção de um programa que una credibilidade econômica a políticas públicas de alto impacto, como ampliação de vagas em tempo integral, combate a organizações criminosas e modernização de marcos regulatórios.


A declaração de Ciro reaquece uma discussão recorrente na direita: como equilibrar a energia mobilizadora das redes com a necessidade de ampliar o eleitorado. Enquanto setores defendem um discurso sem concessões, outros cobram pragmatismo e foco em vitórias eleitorais concretas. Até aqui, não há um consenso; há, no entanto, um entendimento crescente de que 2026 exigirá coordenação e previsibilidade, e que ruídos internos podem custar caro na disputa nacional.

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