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Hamas executa e reprime opositores em Gaza; promessas de desarmamento parecem não virar realidade

  • Foto do escritor: Editorial Resenha Diária
    Editorial Resenha Diária
  • 17 de out.
  • 2 min de leitura
Terroristas do Hamaz Armados
Relatos e imagens verificadas indicam que militantes do Hamas estão matando e executando pessoas em Gaza após o cessar-fogo; compromisso com o desarmamento fica em dúvida.
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Imediatamente após o cessar-fogo que suspendeu os confrontos mais abertos entre Israel e Hamas, relatos e imagens verificadas por agências internacionais mostram uma nova face da violência em Gaza: militantes do Hamas vêm matando cidadãos e executando suspeitos em público, num esforço para assumir controle total do território e reprimir facções rivais. A situação coloca em dúvida a promessa de um desarmamento completo do movimento, parte dos termos negociados para a trégua.


Reportagens da Reuters documentaram que membros das forças de segurança de Gaza e brigadas de Hamas mataram dezenas de pessoas identificadas como supostos membros de gangues ou colaboradores, em operações de rua e prisões sumárias. Em ao menos um caso verificado por imagens, homens foram forçados a ajoelhar-se e executados por disparos à queima-roupa, cena que correu as redes e foi confirmada por jornalistas no terreno.


A Associated Press e outros veículos internacionais também relataram episódios recentes de execuções e prisões massivas promovidas por elementos de Hamas em bairros de Gaza City, enquanto o grupo tenta sufocar desafios de poder interno, inclusive confrontos com clãs armados locais que se recusaram a submeter-se à sua autoridade. As imagens de prisões e eliminações públicas provocaram ondas de choque na comunidade internacional.


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Fontes diplomáticas e analistas apontam para um quadro paradoxal: embora o cessar-fogo tenha previsto passos para o desarmamento parcial e para a devolução de reféns, na prática Hamas tem consolidado armas e ampliado operações internas, alegando necessidade de restabelecer “ordem” diante do que descreve como “grupos criminosos” que teriam proliferado durante o conflito. Essa dinâmica alimenta a percepção de que o compromisso com o desarmamento é, no mínimo, frágil.


O aumento das execuções e das prisões sumárias tem ainda graves consequências humanitárias e políticas. Autoridades de ajuda internacional e governos europeus já pediram explicações e manifestaram preocupação, sobretudo por evidências de que civis estariam entre as vítimas. A intensidade e a natureza pública dessas ações tornam o cenário mais volátil: além do trauma coletivo, a escalada pode servir de argumento para uma intervenção externa mais incisiva, hipótese aventada por líderes internacionais em declarações públicas.


Especialistas em Oriente Médio alertam que o controle centralizado do Hamas sobre Gaza, se consolidado por meio de violência interna, pode destruir qualquer confiança construída nas negociações de paz recentes e transformar o fim do combate entre Israel e Hamas numa pausa de baixa intensidade, em que o poder é exercido por meio da intimidação local. Enquanto isso, a comunidade internacional enfrenta o dilema entre pressionar por respeito aos direitos humanos e manter canais diplomáticos para evitar uma nova onda de confronto.

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