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JORNAL RESENHA DIÁRIA

Mesmo com queda da venda de óleo, Petrobras segue alvo de grandes aportes no plano de Luiz Inácio Lula da Silva

  • Foto do escritor: Editorial Resenha Diária
    Editorial Resenha Diária
  • 20 de out.
  • 2 min de leitura
Em meio à pressão global sobre o petróleo, o governo anuncia pacotes de investimentos que ultrapassam R$ 33 bilhões e reafirma o papel da estatal na industrialização nacional.

Luiz Inácio Lula da Silva durante anúncio de investimentos da Petrobras em refino e petroquímica
manter investimentos robustos na Petrobras abre uma via dupla

A aposta do governo federal na Petrobras (PETR4) como vetor de desenvolvimento nacional segue firme — mesmo diante de desafios como queda nos preços do óleo e maior pressão ambiental. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de dois eventos recentes que reforçam essa trajetória: um aporte de R$ 33 bilhões anunciado em julho para a estatal no Rio de Janeiro, e outro de mais de R$ 2,6 bilhões firmado em outubro na Bahia.


Os novos investimentos

Em 4 de julho de 2025, o governo formalizou um investimento de R$ 33 bilhões para a Petrobras em projetos de refino, petroquímica, eficiência energética e produção de combustíveis renováveis no estado do Rio de Janeiro. A estimativa era gerar cerca de 38 mil empregos diretos e indiretos.


Já no dia 9 de outubro de 2025, em cerimônia na Bahia, Lula anunciou um investimento de mais de R$ 2,6 bilhões envolvendo a Petrobras e o Ministério de Portos e Aeroportos, com foco em encomendas navais, reativação da fábrica de fertilizantes (Fafen-BA) e fortalecimento industrial regional.


Por que investir apesar da queda do óleo

Apesar de o mercado de óleo bruto enfrentar margens menores e maior incerteza, o governo aparenta apostar no seguinte cenário:


  • Transformação do modelo de negócios: ao invés de depender apenas da extração e venda de óleo, os programas visam refino, petroquímica, combustíveis renováveis e conteúdo nacional. O pacote de R$ 33 bilhões envolvia justamente essas áreas.

  • Geração de emprego e industrialização: os anúncios foram acompanhados de metas expressivas de geração de postos de trabalho e ativação de cadeias locais — por exemplo, a Bahia vincula fabricação naval ao investimento.

  • Função estratégica da Petrobras: Lula chegou a dizer que “a Petrobras é uma bússola da economia brasileira” ao falar dos aportes no RJ.

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Riscos e críticas

Embora os anúncios sejam grandiosos, há vozes de alerta:


  • Analistas lembram que a estatal pode estar se tornando instrumento político para fins de emprego ou desenvolvimento regional, o que geraria riscos para a governança e para o foco em eficiência da empresa privada.

  • Em paralelo, a redução dos preços do óleo e o aumento da pressão por transição energética colocam em xeque o modelo de negócios tradicional da Petrobras.

  • Além disso, existe resistência popular e ambiental — por exemplo, sondagens mostram oposição à exploração petrolífera na Amazônia, onde a Petrobras tem interesse.


O que está em jogo

Para o governo Lula, manter investimentos robustos na Petrobras abre uma via dupla: reforçar a presença industrial do país e amortecer impactos econômicos de setores vulneráveis. Por outro lado, a eficácia dessas medidas dependerá da execução, da governança da estatal e da resposta do mercado às mudanças de perfil da empresa.


Se os projetos forem bem conduzidos, poderão consolidar a Petrobras como protagonista da nova fase do setor energético brasileiro — renováveis, refino, valor agregado — mesmo em um cenário global que penaliza apenas a extração de óleo.

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