Retorno do Costa do Sauípe Open aquece o turismo esportivo na Bahia
- Editorial Resenha Diária

- 23 de out.
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De volta ao calendário do tênis internacional, o Costa do Sauípe Open reposiciona o litoral norte baiano como vitrine de eventos, combinando competição de alto rendimento, infraestrutura hoteleira robusta e programação de entretenimento que movimenta a economia local, atrai visitantes de diferentes faixas de renda e amplia a temporada turística para além dos períodos de férias.

O retorno do Costa do Sauípe Open recoloca a Bahia com destaque no mapa do esporte internacional e aciona um efeito multiplicador sobre o turismo regional. A competição, sediada em um complexo com histórico de grandes torneios, volta repaginada: quadras de saibro renovadas, iluminação adequada para jogos noturnos, áreas de treinamento ampliadas e um entorno hoteleiro capaz de absorver a demanda de atletas, comissões técnicas, árbitros, equipes de transmissão e, sobretudo, de um público que busca unir esporte e lazer. Esse movimento cria uma janela para a economia local capturar novas receitas por meio de hospedagem, alimentação, transporte, serviços especializados e experiências turísticas que valorizam a identidade baiana.
Ao retomar um torneio desse porte, o destino reforça o posicionamento como polo de turismo esportivo, segmento que vem crescendo no Brasil pela combinação de calendário competitivo e oferta de entretenimento qualificado. O impacto não se restringe ao período dos jogos: a visibilidade midiática consolidada por transmissões e cobertura jornalística projeta a marca Costa do Sauípe para mercados emissores de alto potencial, como Sudeste, Centro-Oeste e o cone sul, além de atrair tenistas e treinadores interessados em clínicas, camps e pré-temporadas. Hotéis e pousadas dos arredores ajustam tarifas e pacotes que incluem ingressos, experiências gastronômicas, passeios de ecoturismo e serviços de bem-estar, estratégia que aumenta o tíquete médio por visitante e alonga a permanência.
A engrenagem econômica se soma a um legado esportivo concreto. A presença de atletas nacionais e estrangeiros cria oportunidades de intercâmbio com academias locais, estimula projetos de iniciação e desenvolvimento de base e abre espaço para captação de patrocínios privados, que tendem a amadurecer quando há calendário consistente. Escolas públicas e projetos sociais podem se beneficiar de clínicas gratuitas e ações de fomento que aproximem jovens do tênis, ampliando repertórios e oferecendo perspectivas de carreira dentro e fora das quadras. A organização do evento, por sua vez, adota protocolos de segurança e padrões operacionais que elevam a régua de qualidade, da logística de credenciamento ao fluxo de espectadores, passando por sustentabilidade, acessibilidade e redução de resíduos.
No campo da governança, o torneio funciona como vitrine para parcerias entre setor público e iniciativa privada. A cada edição, a cadeia de fornecedores se profissionaliza um pouco mais: empresas de montagem, cenografia, sonorização, alimentação e tecnologia ganham portfólio e treinam equipes para atender exigências internacionais. Esse adensamento produtivo, quando mantido, cria musculatura para que o destino pleiteie outras competições esportivas, congressos e feiras setoriais, reduzindo a ociosidade na baixa temporada e diversificando as fontes de receita.
A estratégia de comunicação também muda de patamar. A narrativa não gira apenas em torno do resultado em quadra, mas de uma experiência completa: beach clubs, trilhas, reservas ambientais, gastronomia autoral e manifestações culturais locais entram no roteiro do visitante. Agências e operadoras utilizam o torneio como âncora para produtos que combinam hospedagem, transporte e vivências exclusivas, convertendo curiosos em promotores espontâneos do destino. Com isso, a lembrança de marca de Costa do Sauípe se fortalece e beneficia toda a região do litoral norte, de Mata de São João a municípios vizinhos.
Em um cenário competitivo do turismo global, eventos que unem performance esportiva e hospitalidade são diferenciais. O retorno do Costa do Sauípe Open evidencia que a Bahia tem ativos naturais, infraestrutura e know-how para entregas de alto padrão. Se mantido o investimento na manutenção das quadras, qualificação de mão de obra e continuidade do calendário, o torneio tende a consolidar uma curva de crescimento sustentável, convertendo picos de demanda em fluxo perene. Para o visitante, a mensagem é clara: além do espetáculo esportivo, há uma Bahia preparada para recebê-lo com conforto, autenticidade e experiências memoráveis; para o trade, abre-se a oportunidade de transformar um grande evento em política de desenvolvimento de destino, com resultados que ultrapassam a semana de competição e se espalham por todo o ano.




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