Reunião deve apresentar relatório completo sobre apagão em Porto Alegre
- Editorial Resenha Diária

- 18 de out.
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"Brasília, dezoito de outubro de dois mil e vinte e cinco:" Autoridades do setor elétrico e representantes do governo estadual devem se reunir nesta semana para apresentar o relatório final sobre o apagão que atingiu a capital gaúcha no início de setembro. O documento, elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), deve detalhar as causas da falha, os danos provocados e as medidas para evitar que episódios semelhantes voltem a ocorrer.
A expectativa é que o relatório técnico — conhecido como Relatório de Análise da Perturbação (RAP) — traga um diagnóstico completo do que se passou, incluindo informações sobre o tempo total de interrupção, o número de consumidores afetados e os impactos econômicos e estruturais registrados na capital.
"Entenda o caso:"
O apagão que atingiu Porto Alegre ocorreu no dia vinte e sete de setembro de dois mil e vinte e cinco, por volta das vinte horas e quarenta minutos, e provocou uma das maiores quedas de energia no Sul do país desde dois mil e vinte e dois. A interrupção começou após uma falha em uma linha de transmissão de alta tensão localizada entre as subestações de Gravataí e Camaquã, segundo informações preliminares do ONS.
O problema desencadeou uma reação em cadeia no sistema interligado nacional, afetando ao menos nove estados brasileiros, entre eles Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Bahia e Piauí. No auge da ocorrência, mais de dezessete milhões de consumidores ficaram sem energia por períodos que variaram de quinze minutos a quase duas horas.
Em Porto Alegre, a situação foi mais crítica: diversos bairros ficaram totalmente às escuras, o trânsito entrou em colapso, e hospitais precisaram acionar geradores para manter o funcionamento de equipamentos essenciais. O Aeroporto Internacional Salgado Filho registrou atrasos em decolagens e pousos, e pequenos comerciantes relataram prejuízos com alimentos e mercadorias perecíveis.
Nos dias seguintes, o governo federal determinou a abertura de uma investigação e solicitou ao ONS a elaboração de um relatório técnico detalhado, com a colaboração das concessionárias regionais e das agências reguladoras.

"O que será apresentado:"
O documento que será divulgado nesta semana deve trazer:
A sequência cronológica dos eventos que levaram ao colapso;
A origem exata da falha e os pontos de vulnerabilidade na rede;
O tempo de resposta do sistema e as ações emergenciais adotadas;
A lista das concessionárias envolvidas e suas responsabilidades;
Recomendações de melhorias em infraestrutura e segurança operacional.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o relatório também apontará investimentos prioritários para modernização da rede elétrica do Sul do país, com previsão de substituição de transformadores, reforço em linhas de transmissão e revisão dos protocolos de corte automático.
"Repercussão política e institucional:"
A divulgação do relatório é aguardada com expectativa por autoridades estaduais e municipais. O governo do Rio Grande do Sul acompanha o caso de perto e já sinalizou que cobrará das concessionárias medidas concretas de prevenção.
Na Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores protocolaram um pedido de audiência pública para discutir o tema e exigem que o documento seja disponibilizado de forma integral à população.
Entidades empresariais também pressionam por respostas. O Sindicato dos Comerciantes do Rio Grande do Sul calcula prejuízos superiores a R$ 150 milhões em decorrência da paralisação de atividades, perda de estoque refrigerado e danos em equipamentos eletrônicos.
"Impacto e próximos passos:"



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