Trump autoriza CIA agir na Venezuela: nova escalada contra o governo Maduro
Editorial Resenha Diária
15 de out
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Atualizado: 18 de out
Donald Trump confirma que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela contra o regime de Nicolás Maduro, reacendendo tensões diplomáticas e militares na região.
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Em uma declaração que repercutiu em todo o cenário internacional, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a realizar operações clandestinas na Venezuela. A medida marca uma escalada nas tensões entre Washington e o governo de Nicolás Maduro, reacendendo debates sobre soberania, legalidade internacional e o alcance das ações norte-americanas na América Latina.
Durante entrevista a jornalistas em Washington, Trump afirmou que as operações têm como principal objetivo combater o narcotráfico e grupos que estariam ligados ao governo venezuelano. Segundo o ex-presidente, embarcações suspeitas de transportar drogas da costa venezuelana foram recentemente interceptadas e destruídas por forças norte-americanas no Caribe. Ele destacou que cinco barcos foram atingidos, resultando na morte de pelo menos 27 tripulantes, sendo quatro das embarcações de origem venezuelana.
“Já controlamos o mar. Agora estamos vendo a terra”, declarou Trump.
Sugerindo que as operações podem se expandir para o território venezuelano, o que seria a primeira intervenção direta da CIA em solo do país desde os anos 80. Analistas internacionais consideram essa afirmação um sinal claro de endurecimento da política externa americana diante do regime de Maduro, que há anos é acusado por Washington de corrupção, tráfico de drogas e violações de direitos humanos.
Nos bastidores, fontes do Departamento de Estado afirmam que a autorização dada por Trump inclui ações de inteligência, infiltração de agentes e monitoramento de alvos estratégicos ligados ao governo venezuelano. Ainda não há confirmação de movimentação militar terrestre, mas há relatos de reforço logístico em bases norte-americanas próximas ao Caribe e na Colômbia.
A decisão gerou forte reação política dentro dos Estados Unidos. Parlamentares democratas pediram explicações ao governo sobre a legalidade das ações e alertaram que qualquer incursão direta em território venezuelano sem autorização do Congresso violaria a Constituição americana. Organizações de direitos humanos também condenaram a medida, afirmando que operações desse tipo podem provocar escalada de violência e atingir civis inocentes.
Em Caracas, o governo de Nicolás Maduro reagiu de forma imediata. O presidente classificou as declarações de Trump como “uma ameaça direta à soberania nacional” e convocou o embaixador norte-americano para prestar esclarecimentos. Em discurso transmitido pela televisão estatal, Maduro acusou Washington de tentar desestabilizar o país e advertiu que “qualquer agressão será respondida com a força do povo venezuelano”.
A comunidade internacional acompanha com preocupação o desenrolar da situação. Países como México, Brasil e Argentina defenderam o diálogo diplomático e pediram que os Estados Unidos respeitem os princípios da não intervenção. Já aliados de Washington, como Reino Unido e Canadá, manifestaram apoio às “ações de segurança” anunciadas, destacando a necessidade de combater o narcotráfico na região.
A confirmação de Trump reacende tensões que pareciam adormecidas desde o final de seu mandato. A Venezuela, isolada politicamente e enfrentando uma profunda crise econômica, volta a ocupar o centro das atenções mundiais. Caso as operações se confirmem em solo venezuelano, o mundo pode assistir a uma nova fase de conflito geopolítico no continente americano — com consequências imprevisíveis para toda a região.
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