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JORNAL RESENHA DIÁRIA

Brasil se junta aos EUA, México e Canadá na revolução da sustentabilidade costeira com praias com Bandeira Azul

  • Foto do escritor: Editorial Resenha Diária
    Editorial Resenha Diária
  • 19 de out.
  • 4 min de leitura
O Brasil alcançou um marco histórico na agenda ambiental e turística: o país passou a integrar o grupo das nações líderes na revolução da sustentabilidade costeira, ao lado de Estados Unidos, México e Canadá, com a expansão do número de praias e marinas certificadas com o selo internacional Bandeira Azul.

Para a temporada 2025/2026, o programa reconheceu 60 praias e marinas brasileiras, o maior número já registrado desde a criação da iniciativa no país. O avanço consolida o Brasil como um dos protagonistas no turismo sustentável das Américas.

Praia brasileira com Bandeira Azul hasteada e mar cristalino, símbolo de sustentabilidade costeira.
Brasil alcança 60 certificações Bandeira Azul e se torna referência em turismo sustentável nas Américas. - Programa Bandeira Azul Brasil / Instituto Ambientes em Rede / Ministério do Turismo

O que é a Bandeira Azul e por que ela importa

A Bandeira Azul é um certificado internacional de qualidade ambiental criado pela Fundação para a Educação Ambiental (FEE), com sede na Dinamarca. O selo avalia praias, marinas e embarcações turísticas que atendem a rigorosos critérios de gestão ambiental, segurança, acessibilidade, educação ecológica e qualidade da água.

Hoje, o programa está presente em mais de 50 países, e a presença brasileira no ranking internacional é vista como um passo significativo na consolidação de políticas voltadas à preservação do litoral e à economia verde.

Segundo o Instituto Ambientes em Rede, responsável pela coordenação do programa no Brasil, “cada praia com Bandeira Azul representa um modelo de convivência harmoniosa entre turismo, natureza e comunidade local”.


O avanço brasileiro em números

O Brasil estreou no programa em 2005, com apenas uma praia certificada. Desde então, o crescimento foi contínuo, mas acelerou nos últimos cinco anos, impulsionado por ações municipais e estaduais voltadas à sustentabilidade.

Para o ciclo 2025/2026, o país atingiu 60 certificações, distribuídas entre praias, marinas e embarcações.

Entre os destaques estão:

  • Santa Catarina – líder nacional, com 18 praias certificadas, incluindo Bombinhas, Balneário Camboriú e Florianópolis.

  • Rio de Janeiro – 11 praias, como Prainha e Barra de Guaratiba, reforçando o protagonismo carioca no turismo sustentável.

  • Alagoas e Ceará – novas adesões com Maragogi e Icaraí de Amontada, ampliando o selo no Nordeste.

  • São Paulo – praias e marinas em Guarujá, Ilhabela e Ubatuba consolidam o litoral paulista como destino ambiental de referência.

Segundo o Ministério do Turismo, a meta é alcançar 80 certificações até 2027, colocando o país entre os cinco maiores do continente americano.


EUA, México e Canadá: a rota sustentável das Américas

Com a expansão brasileira, as Américas passam a ter um eixo de sustentabilidade costeira formado por quatro potências turísticas:


  • Estados Unidos, que contam com cerca de 150 praias e marinas certificadas;

  • México, referência na conservação do Caribe e na educação ambiental em resorts sustentáveis;

  • Canadá, com destaque para marinas e parques costeiros;

  • e agora o Brasil, que desponta como força emergente do Atlântico Sul.


Essa integração reforça o papel do continente na Agenda 2030 da ONU, que prevê o uso responsável dos recursos marinhos e o fortalecimento de economias locais através do turismo sustentável.


Critérios e desafios para manter o selo

O selo Bandeira Azul é renovado anualmente — o que exige um comprometimento contínuo de gestores e comunidades.

Entre os 34 critérios avaliados estão:


  • Qualidade da água e balneabilidade;

  • Gestão de resíduos e saneamento;

  • Infraestrutura e acessibilidade;

  • Educação ambiental permanente;

  • Proteção da biodiversidade costeira.


Se qualquer um desses itens não for cumprido, a bandeira é retirada imediatamente. Por isso, as prefeituras precisam manter investimentos constantes em limpeza, fiscalização e conscientização ambiental.


Segundo Leandro Silva, coordenador nacional do programa, “a Bandeira Azul não é um prêmio, é um compromisso. O selo só se sustenta se a gestão pública e a comunidade estiverem alinhadas”.


Turismo sustentável e benefícios locais

Além do reconhecimento ambiental, o selo traz impactos econômicos diretos: praias certificadas recebem mais visitantes, atraem investimentos e valorizam imóveis e empreendimentos turísticos.


Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que praias com certificação Bandeira Azul movimentam até 30% mais a economia local do que destinos sem o selo.Em Balneário Camboriú, por exemplo, o selo ajudou a consolidar a cidade como referência nacional em gestão de praias urbanas.


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Desafios e próximos passos

Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta desafios para ampliar a certificação. Questões como saneamento básico, coleta seletiva e gestão de resíduos em áreas turísticas são barreiras em muitas regiões litorâneas.


O Instituto Ambientes em Rede e o Ministério do Meio Ambiente têm trabalhado em conjunto para apoiar novos municípios interessados em aderir ao programa, oferecendo capacitação técnica e apoio na elaboração de planos ambientais.


O objetivo, segundo o governo federal, é transformar o selo Bandeira Azul em uma política pública de longo prazo, conectando turismo, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.


Conclusão

Com o avanço da certificação Bandeira Azul, o Brasil se posiciona entre os países que lideram a transição para um turismo sustentável nas Américas.Mais do que um símbolo em um mastro, o selo representa respeito à natureza, educação ambiental e compromisso coletivo com o futuro das nossas praias.

Ao unir-se a EUA, México e Canadá na revolução da sustentabilidade costeira, o país reforça seu papel no cenário global — onde preservar virou o novo sinônimo de progresso.

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