Louvre fecha após roubo de joias da coleção de Napoleão Bonaparte
- Editorial Resenha Diária

- 19 de out.
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O Museu do Louvre, em Paris, foi fechado neste domingo (19) após um roubo de joias históricas pertencentes à coleção imperial de Napoleão Bonaparte. O furto, considerado de “valor inestimável”, ocorreu na Galeria d’Apollon, uma das salas mais visitadas do museu, e levou à evacuação imediata de visitantes e funcionários.
Segundo o Ministério da Cultura da França, um grupo de ladrões experientes teria conseguido acessar o local antes da abertura ao público, utilizando equipamentos de alta precisão para burlar o sistema de segurança. As autoridades francesas classificam o crime como “extremamente profissional”.

Peças de valor histórico incalculável
De acordo com a direção do Louvre, entre as joias levadas estão uma coroa enfeitada com diamantes e rubis, um broche de ouro pertencente à Imperatriz Joséphine de Beauharnais, além de insígnias e medalhões utilizados por Napoleão I em cerimônias oficiais.Essas peças faziam parte da coleção de Joias da Coroa Francesa, que simboliza o poder imperial e a herança cultural da França desde o século XIX.
O valor estimado das obras não foi divulgado, mas o Ministério da Cultura afirmou que os itens possuem “importância patrimonial superior a qualquer cifra financeira”.
Investigação e fechamento temporário
A polícia francesa e a unidade especializada em crimes contra o patrimônio (OCBC) assumiram a investigação. A ministra da Cultura, Rachida Dati, declarou em entrevista que as forças de segurança estão analisando imagens de câmeras e registros internos de acesso.
“É uma perda dolorosa para a França e para o mundo. O Louvre representa a alma do patrimônio francês. Faremos tudo para recuperar essas joias”, disse Dati.
O museu permanecerá fechado por tempo indeterminado para perícia e reforço dos sistemas de segurança. Técnicos trabalham em uma auditoria completa de monitoramento, sensores e cofres de alta proteção.
Histórico de furtos no Louvre
Embora seja um dos museus mais vigiados do mundo, o Louvre já enfrentou tentativas de furto anteriormente. O caso mais famoso foi o roubo da “Mona Lisa” em 1911, recuperada dois anos depois.Em 2025, no entanto, especialistas afirmam que o nível de sofisticação desse novo crime é sem precedentes, indicando atuação de uma rede internacional de tráfico de arte.
Reação pública e medidas emergenciais
O fechamento gerou filas e frustração entre turistas. Muitos visitantes foram surpreendidos pela interdição logo na entrada principal, na Pirâmide de Vidro. A direção do museu informou que todos os ingressos comprados para o fim de semana serão reembolsados.
O governo francês reforçou a presença de policiais em outros museus de Paris, como o Musée d’Orsay e o Palais Royal, temendo novas ações criminosas coordenadas.
Reflexão final
O roubo reacende o debate sobre a segurança de acervos históricos e o tráfico internacional de arte. Especialistas destacam que crimes desse tipo tendem a envolver colecionadores privados e mercados ilegais, dificultando a recuperação.Para a França, a perda vai muito além do valor material — é um golpe simbólico no coração de seu patrimônio cultural.



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