Polícia encontra mais de 12 crânios e ossos humanos em apartamento no Jardim Paulista/SP
- Editorial Resenha Diária

- 19 de out.
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Na manhã deste sábado (18 de outubro de 2025), a Polícia Militar de São Paulo (PMSP) fez uma descoberta chocante: mais de 12 crânios humanos e diversos ossos foram encontrados dentro de um apartamento localizado na Rua Guarar á, no bairro do Jardim Paulista — uma das áreas mais nobres da capital paulista.
O imóvel pertencia a um homem de 79 anos, identificado pela polícia, que faleceu no último dia 13. A partir da sua morte, vizinhos e familiares iniciaram uma limpeza no local, quando o parente do falecido de 39 anos se deparou com um crânio e acionou a polícia.

Investigação inicial e flagrante
Ao chegarem ao local, os agentes constataram caixas lacradas, sacolas e diversos restos mortais armazenados no interior do apartamento — alguns em condições que sugerem armazenamento deliberado. Uma das caixas lacradas foi isolada para preservação da perícia. A investigação está sendo conduzida pelo 78º Distrito Policial (Jardins), localizado na região dos Jardins. Segundo a SSP-SP, há suspeitas de que os restos mortais possam ter sido furtados ou removidos de cemitérios da cidade, uma prática criminosa investigada sob as tipificações de subtração ou ocultação de cadáver.
Contexto e impactos
Trata-se de um caso raro, sobretudo pelo local (bairro de alto padrão) e pela quantidade de ossos — fato que ressalta vulnerabilidades no controle de sepultamentos, ossários e possíveis redes de tráfico de restos humanos.Até o momento, não há confirmação sobre a identidade das vítimas nem estimativa de tempo em que os restos estavam no apartamento. A perícia será responsável por identificar, por meio de exames de arcada dentária e análise óssea, idade, sexo e possíveis marcas de violência ou manipulação.
Desdobramentos esperados
A PM solicitou auxílio técnico do Instituto de Criminalística de São Paulo e do Instituto Médico‑Legal de São Paulo para catalogação e análise dos restos.
A investigação poderá revelar uma rede de receptadores de restos humanos ou comércio clandestino de peças anatômicas.
A legislação brasileira prevê punições para vilipêndio de cadáver, subtração de parte de cadáver ou remoção indevida de ossadas, que podem agravar o caso.
Também pode haver implicações para o setor funerário e cemiterial, caso seja comprovado que os ossos foram removidos de cemitérios públicos da capital.
Reflexão final
O episódio evidencia que, mesmo em regiões consideradas seguras e de alto padrão, práticas criminosas de manipulação ou comercialização de restos humanos podem se infiltrar. A ocorrência conduzida no Jardim Paulista desafia autoridades, exigindo investigação profunda, melhor transparência nos cemitérios e atenção reforçada à cadeia de custódia de ossadas. Se confirmada a hipótese de furto de ossos de cemitérios, o caso poderá apontar para falhas estruturais graves no controle funerário da capital.




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