Gilmar Mendes ataca Fux: “figura lamentável” e sugestão de terapia causam mal-estar no STF
Editorial Resenha Diária
17 de out.
2 min de leitura
Gilmar Mendes chama Luiz Fux de “figura lamentável” após voto polêmico e sugere terapia; embate no STF reacende tensão entre ministros.
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Um novo capítulo da rivalidade entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou repercussão pública nesta quinta-feira (16), quando o decano Gilmar Mendes chamou o colega Luiz Fux de “figura lamentável” e sugeriu que ele fizesse terapia para se livrar da “Lava Jato”, segundo relatos de pessoas próximas ao episódio.
O confronto teria ocorrido nos bastidores do tribunal, no intervalo de sessão plenária, após críticas de Gilmar ao fato de Fux ter pedido vista de um recurso de Sergio Moro que tratava de reversão de decisão que tornou Moro réu em ação de calúnia contra Gilmar.
Gilmar, incomodado com o voto de Fux de 12 horas no caso que absolveu Bolsonaro e condenou o tenente-coronel Mauro Cid, afirmou que esse voto “não fazia o menor sentido” e chamou a resolução adotada de lamentável.
O embate expôs uma tensão latente entre os ministros, com Gilmar dizendo que suas críticas sempre foram feitas publicamente, e não pelas costas. Já Fux teria respondido que pediu vista do processo para uma análise técnica mais criteriosa e insinuou que o colega falava mal dele frequentemente.
Além de chamar Fux de figura lamentável, Gilmar teria recomendado que ele buscasse terapia, numa provocação que reforça a aspereza do diálogo entre os dois magistrados.
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Fontes presentes afirmam que o clima foi pesando ao ponto de colegas evitarem continuar no local.
Fux, por sua vez, defendeu seu posicionamento, afirmando que vota conforme convicção e responsabilidade institucional, e que os embates pessoais não deviam interferir no funcionamento da Corte.
Foi ainda alegado que Gilmar referiu-se ao ex-assessor de Fux, José Nicolao Salvador, pedindo que “enterre o assunto de Salvador” — uma provocação direta ligada a episódios de delação em que o nome de Salvador apareceu.
A troca de farpas reacende questões sobre a convivência institucional no STF e como as disputas internas afetam a imagem pública da Corte. Momentos como esse também alimentam debates sobre ética, colegialidade e limites das críticas entre ministros, especialmente quando em jogo estão julgamentos sensíveis para o país.
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