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JORNAL RESENHA DIÁRIA

Guilherme Boulos deve reforçar base do governo nos movimentos sociais

  • Foto do escritor: Editorial Resenha Diária
    Editorial Resenha Diária
  • 20 de out.
  • 2 min de leitura
A possível entrada de Guilherme Boulos no governo federal, em um cargo voltado à articulação com movimentos sociais, marca um movimento estratégico de reaproximação entre o Executivo e sua base popular. A iniciativa busca fortalecer os canais de diálogo com organizações que historicamente sustentaram pautas progressistas, mas que, nos últimos meses, cobravam maior presença e representatividade dentro da estrutura de poder. A escolha de Boulos, figura reconhecida pela militância e capacidade de mobilização, sinaliza um reposicionamento político que pode redefinir a relação do governo com os movimentos sociais e com setores de esquerda em busca de maior protagonismo institucional.

Guilherme Boulos em evento de movimentos sociais
Deputado Guilherme Boulos durante encontro com lideranças populares - Arquivo/Estadão

O contexto político

Nos bastidores da política nacional, cresce a articulação para que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) assuma uma função relevante na estrutura do governo federal, com o objetivo de reforçar o diálogo entre o Executivo e os movimentos sociais. A pasta mais mencionada é a Secretaria‑Geral da Presidência da República, historicamente responsável por manter o contato institucional entre o governo e organizações populares e frentes sociais.


Por que Boulos?

Boulos construiu trajetória de militância social, especialmente à frente da Movimento dos Trabalhadores Sem‑Teto (MTST) e de outras frentes populares, o que o conecta fortemente com setores da base social do governo. Para a atual gestão, sua eventual nomeação serviria como manobra para:


  • Reaproximar o governo dos movimentos sociais que se sentem menos representados.

  • Fortalecer a base eleitoral de esquerda de olho em 2026.

  • Mostrar abertura ao diálogo com parcelas da sociedade organizadas que desejam mais protagonismo.


Os obstáculos e críticas

Contudo, o processo não está isento de críticas. Organizações sociais e partidos aliados têm manifestado receios de que a presença de Boulos na pasta possa concentrar influência em um único segmento — o MTST — em detrimento de uma representação mais plural dos movimentos populares. Além disso, dentro do PSOL, há resistências quanto à participação em cargos ministeriais, pois o partido historicamente se colocava como oposição institucional ao governo, o que torna a adesão ao Executivo um dilema.


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Potenciais impactos

Se confirmado o movimento, os impactos podem incluir:


  • Reforço da articulação política do governo junto à base social, o que pode traduzir-se em maior mobilização eleitoral e apoio em votações importantes.

  • Repactuação do papel dos movimentos sociais no apoio ao governo, com possível reajuste de expectativas de contrapartidas institucionais e políticas.

  • Pressão interna para que o Ministério ou secretaria ligada aos movimentos sociais garanta uma participação mais diversa, evitando hegemonias.


O que esperar adiante

O anúncio oficial ainda pode ocorrer em breve. Fontes indicam que a decisão está próxima e que o espaço de articulação política está sendo preparado. Enquanto isso, cabe observar como as lideranças dos movimentos sociais reagirão e como o governo equilibrará esse movimento dentro da coalizão de apoio. A estratégia pode fazer diferença na consolidação da base para os próximos ciclos eleitorais e para a governabilidade.

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