Lula critica atual Congresso: “nunca houve nível tão baixo”

Lula critica o Congresso dizendo que “nunca houve nível tão baixo” e solicita mudança nas eleições. Aumenta tensão entre Executivo e Legislativo.

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Durante evento público no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao parlamento brasileiro, afirmando que o Congresso Nacional atravessa um momento de “baixo nível” sem precedentes. Em discurso ao lado do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), Lula afirmou que a composição atual dessas casas legislativas representa um retrocesso em qualidade política e moral.

“Esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora”, disse Lula, em referência direta aos parlamentares eleitos na última legislatura. Ele também mencionou que “aquela extrema direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior”. A fala ocorreu em ato que, entre críticas, também contou com vaias direcionadas ao presidente da Câmara.

Para Lula, a crise de representatividade é resultado da “consciência política” do eleitorado, que, segundo ele, falha ao eleger figuras com pouca qualificação ou compromisso institucional. Ele conclamou a população a escolher melhor seus representantes na próxima eleição, antevendo uma inversão de rumos para o Legislativo.

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A declaração inflamou o ambiente político. Deputadas federais reagiram rapidamente: Tabata Amaral (PSB-SP) avaliou que a fala é “verdadeira” e refletida nas ruas, nas pesquisas e no cotidiano, acrescentando que “infelizmente, o nível do Congresso Nacional realmente está muito ruim”. Já Bia Kicis (PL-DF) considerou o discurso “absurdo” e afirmou que o presidente estaria “atacando o Legislativo” ao usar termos tão contundentes.

Essa tensão entre Executivo e Legislativo já vinha se acumulando ao longo de 2025, especialmente após embates em torno da proposta de aumento do IOF e intervenções do STF. O episódio escancara uma das grandes questões políticas nacionais: até que ponto o discurso crítico fortalece o debate ou aprofunda a polarização institucional?

Se para alguns parlamentares a crítica é legítima, e receptiva ao discurso de renovação,, para outros representa risco de enfraquecimento do Congresso como poder autônomo. No campo institucional, a provocação ressoa como alerta e pressão: será que o Legislativo reagirá com autocrítica e mudanças, ou endurecerá o contraponto à Presidência?

Enquanto isso, nas redes, no parlamento e nas ruas, cresce o debate: qual o limite da insatisfação pública institucional, e como transformá-la em reformas efetivas no sistema político nacional?