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JORNAL RESENHA DIÁRIA

O ataque de Jason Miller: o conselheiro de Trump que jurou ver Moraes atrás das grades

  • Foto do escritor: Editorial Resenha Diária
    Editorial Resenha Diária
  • 12 de out.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de out.

O ataque de Jason Miller
O conselheiro de Trump que jurou ver Moraes atrás das grades
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A madrugada ainda respirava silêncio quando uma frase atravessou as fronteiras digitais e caiu como uma bomba política em Brasília. Jason Miller, conselheiro de Donald Trump e um dos estrategistas mais próximos do ex-presidente americano, publicou no X uma mensagem que soou como uma declaração de guerra.


“I’m not going to let up until baldy is behind bars getting everything he deserves. (“Não vou desistir até que o careca esteja atrás das grades recebendo tudo o que merece.”)


A frase, endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, ecoou pelas redes como um trovão. Em poucos minutos, multiplicou-se em milhares de reações, indignações e interpretações. No Brasil, a postagem foi entendida como uma provocação direta à Justiça — e um gesto inédito de hostilidade pública vindo de um aliado de peso da política norte-americana.


Miller, acostumado à retórica agressiva que marcou a era Trump, pareceu ultrapassar a fronteira entre discurso político e ameaça pessoal. Sua resposta, feita a um post do deputado Eduardo Bolsonaro, ampliou a tensão diplomática entre Washington e Brasília, em um momento em que as relações entre as duas nações tentavam reencontrar estabilidade.


Nos bastidores, o episódio foi recebido com espanto e preocupação. Ministros brasileiros viram na fala um ataque inaceitável a uma autoridade de Estado. Alguns sugeriram que o Itamaraty emita uma nota formal de protesto, ainda que o governo americano não tenha se pronunciado oficialmente.


Em Brasília, a reação foi imediata. Silêncio público, inquietação privada. Ninguém queria inflar o caso, mas ninguém ousou ignorá-lo. Em grupos políticos e diplomáticos, o comentário de Miller foi descrito como “um risco ao equilíbrio entre instituições democráticas”, especialmente por partir de um agente internacional influente, com laços diretos ao círculo mais próximo de Trump.


Para o público brasileiro, o episódio trouxe um déjà vu de tempos sombrios, quando redes sociais se transformaram em arenas de ódio e perseguição. A figura de Alexandre de Moraes, já central nas investigações sobre ataques à democracia, voltou ao epicentro da polarização, agora, com o eco vindo do exterior.


Nos Estados Unidos, a equipe de Trump tentou minimizar o impacto, alegando que Miller “expressou uma opinião pessoal”. Mas o estrago já estava feito. A postagem reacendeu discussões sobre os limites da liberdade de expressão internacional e sobre o papel de figuras políticas em incitar hostilidade entre países democráticos.


No fim do dia, o post de Jason Miller foi mais do que um comentário impulsivo: foi um lembrete de que, no século XXI, uma frase escrita em 280 caracteres pode incendiar oceanos inteiros.


E enquanto o silêncio diplomático tenta abafar a chama, a tensão entre palavras e poder continua crescendo, e o “careca” mencionado segue no centro de uma tempestade que, mais uma vez, começou com um simples clique.

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