Petrobras anuncia redução de 4,9% no preço da gasolina a partir de 22 de outubro
- Editorial Resenha Diária

- 21 de out.
- 3 min de leitura
A Petrobras confirmou que reduzirá em 4,9% o preço da gasolina vendida às distribuidoras a partir de 22 de outubro, o que deve representar uma queda de até R$ 0,14 por litro nas refinarias. A medida reflete a queda do petróleo no mercado internacional e busca aliviar a pressão sobre os combustíveis e a inflação no país.

Queda anunciada deve aliviar o bolso do motorista
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (21) que o preço médio da gasolina tipo A, comercializada para as distribuidoras, será reduzido em 4,9% a partir de 22 de outubro. O valor passará de cerca de R$ 2,85 para R$ 2,71 por litro. Essa é a maior redução desde abril de 2024 e ocorre em meio a um cenário de estabilidade no preço internacional do barril de petróleo e valorização do real frente ao dólar.
Segundo a estatal, a decisão visa acompanhar as variações do mercado internacional e garantir competitividade no fornecimento de combustíveis no Brasil. “A Petrobras reafirma seu compromisso com preços que sigam os fundamentos de mercado e garantam previsibilidade ao consumidor”, afirmou a empresa em nota.
Redução vale para as distribuidoras, mas impacto pode variar
A redução de 4,9% incide sobre o preço da gasolina tipo A, que representa apenas uma parte do custo final ao consumidor. Nos postos, o produto é vendido como gasolina tipo C — mistura de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro.Assim, o repasse ao motorista deve ser menor do que 4,9%, variando conforme tributos, margem de lucro dos postos, custos de transporte e composição regional de preços.
Especialistas estimam que o preço nas bombas pode cair entre R$ 0,05 e R$ 0,15 por litro, dependendo do estado. Estados com carga tributária elevada ou logística mais cara, como Amazonas e Pará, devem sentir impacto menor.
Impacto esperado nas regiões
De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina no Brasil estava em R$ 6,21 por litro entre 5 e 11 de outubro. Com a redução, o litro pode ficar entre R$ 6,05 e R$ 6,15 nas regiões com maior repasse — especialmente no Sudeste, onde há mais concorrência entre distribuidoras e postos. No Norte e Nordeste, a queda deve ser mais lenta e modesta, devido aos custos logísticos e tributários locais.
Efeitos econômicos e na inflação
A redução no preço da gasolina tende a conter a inflação e melhorar as projeções para o IPCA dos próximos meses. O combustível tem peso significativo no índice oficial de preços, afetando também o custo de transporte e o preço de produtos básicos.Economistas apontam que, se o corte for integralmente repassado, o impacto no IPCA de outubro pode ser de até -0,08 ponto percentual.
Além disso, o alívio nos combustíveis favorece o setor de transporte e pode ajudar a conter pressões sobre alimentos e logística, aliviando a cadeia de custos no varejo.
O que dizem os especialistas
Analistas do setor energético avaliam que a medida reflete a política de preços da Petrobras, baseada nas condições de mercado e na busca por previsibilidade.“A queda no petróleo tipo Brent e a leve apreciação do real criaram espaço para a redução. Ainda assim, é improvável que a Petrobras mantenha cortes contínuos, já que o cenário internacional é volátil”, explicou o economista André Perfeito.
Já entidades de consumidores comemoraram a decisão, destacando a importância de monitorar se o repasse chegará efetivamente aos postos.
Expectativa dos consumidores
Em todo o país, motoristas aguardam o reflexo da redução nas bombas. Procons e órgãos de fiscalização já anunciaram que vão monitorar os preços nos postos para evitar abusos e assegurar que a queda seja repassada ao consumidor final.
Segundo projeções do mercado, os efeitos devem começar a ser percebidos a partir do fim da semana, especialmente nas capitais do Sudeste e Sul.




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