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JORNAL RESENHA DIÁRIA

Polícia Civil de São Paulo desmonta rede internacional de metanfetamina na Operação Heisenberg

  • Foto do escritor: Editorial Resenha Diária
    Editorial Resenha Diária
  • 21 de out.
  • 3 min de leitura
Com mais de 280 agentes mobilizados, a Polícia Civil de São Paulo cumpriu 101 mandados de busca e 60 de prisão na Operação Heisenberg, desmantelando uma sofisticada organização criminosa voltada à produção e à distribuição de metanfetamina. O esquema envolvia brasileiros e estrangeiros, com atuação em diversos estados e conexão internacional.

Polícia Civil de São Paulo cumpre mandados da Operação Heisenberg contra o tráfico de metanfetamina.
Polícia Civil de São Paulo cumpre mandados da Operação Heisenberg contra o tráfico de metanfetamina.

A maior operação contra o tráfico sintético no estado

A Operação Heisenberg, deflagrada nesta semana pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), é considerada uma das maiores ofensivas já realizadas pela Polícia Civil paulista contra o tráfico de drogas sintéticas. Com apoio de mais de 280 policiais civis, a ação teve como foco a desarticulação de uma rede de produção, refino e distribuição de metanfetamina, que operava em diversos bairros da capital e também em cidades do interior.


Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), foram cumpridos 101 mandados de busca e apreensão e 60 mandados de prisão expedidos pela Justiça.


Estrutura sofisticada e atuação internacional

As investigações revelaram que o grupo possuía laboratórios clandestinos capazes de produzir grandes quantidades de metanfetamina em ambiente controlado. De acordo com a polícia, o esquema contava com participação de estrangeiros — entre eles mexicanos, chineses, nigerianos e portugueses — responsáveis por trazer técnicas e insumos químicos para refino.


Além disso, o grupo mantinha contas criptografadas, uso de criptomoedas e logística própria de distribuição em São Paulo e outros estados.Parte da droga também era vendida no exterior, segundo o Denarc.


Prisões e apreensões

Durante a operação, mais de 20 pessoas foram presas em flagrante, incluindo os principais articuladores do grupo e responsáveis pelos laboratórios.Foram apreendidos:


  • Grandes quantidades de metanfetamina cristalizada, pronta para consumo;

  • Insumos químicos controlados;

  • Veículos de luxo e dinheiro em espécie;

  • Equipamentos usados para manipulação e embalagem da droga.


Os presos foram levados à sede do Denarc, onde permanecem à disposição da Justiça.


Nome e referência da operação

O nome “Heisenberg” faz referência ao personagem da série Breaking Bad, que retrata a vida de um professor de química que passa a fabricar metanfetamina.Segundo os investigadores, a escolha do nome reflete o nível técnico e químico empregado pelos criminosos na produção das drogas, com uso de reagentes importados e alto grau de pureza.


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Autoridades destacam impacto na segurança pública

O delegado responsável pela operação, Dr. Gustavo Mesquita Galvão Bueno, destacou que a desarticulação da quadrilha representa “um golpe contundente contra o narcotráfico de drogas sintéticas no Brasil”.Ele afirmou que o grupo atuava há anos e possuía estrutura empresarial, com células responsáveis por química, logística e distribuição.


O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, reforçou que a operação demonstra a capacidade investigativa e técnica da Polícia Civil, ressaltando o uso de inteligência e cooperação entre departamentos.


Tráfico sintético cresce no Brasil

De acordo com dados do Denarc, o tráfico de drogas sintéticas tem crescido significativamente em São Paulo nos últimos anos.Entre 2020 e 2024, as apreensões de metanfetamina aumentaram mais de 250%, com destaque para a capital e o interior. As drogas são frequentemente distribuídas em festas, boates e eventos, e apresentam alto risco de dependência química e efeitos colaterais severos.


Próximos desdobramentos

As investigações continuam para identificar fornecedores internacionais de insumos e rotas de exportação utilizadas pelo grupo.A Polícia Civil informou que novas fases da operação podem ocorrer, com colaboração da Polícia Federal e de agências internacionais, como a DEA (EUA) e a Europol.

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